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Como K-Pop Demon Hunters quebrou a internet e se tornou a animação do momento

  • podcastdepoisdoscr
  • 10 de jul.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 11 de jul.

Por Luan Feitosa

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Quando me deparei com o título K-Pop Demon Hunters ou batizado no Brasil de Guerreiras do K-Pop na Netflix, minha primeira reação foi um leve suspiro de desconfiança. Achei que seria só mais uma animação tentando surfar no hype da cultura pop coreana, enfiando K-pop, demônios e glitter na mesma panela. Mas a real é que, ao subir os créditos, eu estava completamente fisgado. E agora entendo porque essa produção simplesmente foi um dos assuntos mais falados nestes últimos dias na internet, em especial no X, o antigo Twitter.


Lançado no dia 20 de junho de 2025, a animação é uma coprodução da Sony Pictures Animation com uma distribuição discreta da Netflix, que levou quatro anos para ser concluída. E olha, cada segundo de espera se justifica. A animação entrega o que muitos blockbusters tentam: uma experiência divertida, estilosa e, acima de tudo, consciente de quem é seu público.


Essa trama acompanha Rumi, Mira e Zoey, três idols do grupo Huntrix, que, além de estarem no topo das paradas, também são herdeiras de um legado ancestral de caçadoras de demônios. A missão delas e usar o poder da música para manter uma barreira mágica que separa o mundo humano do inferno. 


Porém, o caos começa quando surge a boy band rival Saja Boys, formada por demônios disfarçados tentando derrubar essa barreira com músicas igualmente viciantes. E aí o roteiro nos entrega tudo que a gente ama: rivalidade, coreografias, e até um romancezinho “enemies to lovers” que aquece o coração.


A estética do filme é algo que impressiona. É 3D, mas com uma pegada que mistura referências de anime, webtoon, show de K-pop ao vivo e até game mobile. O visual dos personagens é cheio de personalidade, quem ama moda vai ficar encantado com os figurinos e, sinceramente, é um dos designs mais carismáticos que vi nos últimos tempos. Mesmo quem torce o nariz para o 3D vai ter que admitir que as cenas de palco, especialmente nos grandes shows, são de arrepiar.


E aí vem a trilha sonora. Não importa se você assiste dublado ou legendado, as músicas grudam na mente. Acredito que seja porque tem gente grande da indústria fonográfica envolvida, nomes que já trabalharam com Blackpink, BTS e TWICE. Membros do TWICE fizeram participações em algumas músicas e o grupo também é mencionado várias vezes durante a animação como “concorrentes” das Huntrix. Inclusive, três faixas da trilha já estão no top 10 global do Spotify, deixando claro que o impacto da animação ultrapassou as telas. 


A força da trilha sonora é tanta que a faixa “Golden”, presente no filme, foi escolhida pela Netflix como sua aposta para concorrer ao Oscar 2026 na categoria de Melhor Canção Original, segundo informações da Billboard. Mas o que me pegou foi como o filme consegue equilibrar tudo isso com temas mais profundos, como pertencimento, autoestima, pressões da indústria musical e a eterna busca por identidade, principalmente num cenário onde aparência e performance ditam as regras nesse mundo das idols. Tudo isso embalado com humor afiado, romance leve e, claro, muita música.


Dá até para dizer que Guerreiras do K-Pop é um soco nas gigantes da animação, como Disney e Pixar, que andam apostando só em sequências e remakes. Enquanto elas jogam seguro, a Sony decidiu arriscar, e acertou.


No fim das contas, Guerreiras do K-Pop não é só uma tendência passageira. É um fenômeno que entendeu a geração que consome cultura pop de forma intensa e multifacetada. Espero que tenha uma continuação com muito mais música.



*Este texto não necessariamente representa a opinião do Depois dos Créditos ou da UFCA

 
 
 

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