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Dia Nacional do Documentário Brasileiro: conheça cinco longas-metragens nacionais

  • podcastdepoisdoscr
  • 8 de ago.
  • 4 min de leitura

A data é comemorada em homenagem ao cineasta brasileiro Olney São Paulo


Por Nathalie Fernandes

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O dia 7 de agosto é comemorado, no Brasil, o Dia do Documentário Nacional Brasileiro em homenagem ao cineasta Olney São Paulo, um dos pioneiros a produzir conteúdos do gênero no país. A data foi fundada pela Associação Brasileira de Documentaristas (ABD), objetivando destacar e valorizar trabalhos nacionais, como uma forma de refletir sobre a importância do estudo documental na história do cinema brasileiro e construção da sociedade.


Quem foi Olney São Paulo?

Olney São Paulo nasceu em 7 de agosto de 1936, em Riachão do Jacuípe (BA), e faleceu aos 41 anos em 15 de fevereiro de 1978, no Rio de Janeiro. Ele transformou histórias em telenovelas e contos, escritos em estilo cinematográfico, abordando temas nordestinos contados em narrativa linear, com registro do linguajar regional.


Em 1955, Olney São Paulo deu início à produção do seu primeiro curta-metragem - “Um crime na feira”, feito com colaboração financeira dos amigos. Finalizado entre 1956 e 1957, com 10 minutos de duração, o filme foi exibido em clubes de Feira de Santana e outras cidades do interior da Bahia.


Nessa época, Olney criou a Sociedade Cultural e Artística de Feira de Santana (SCAFS) e o Teatro de Amadores de Feira de Santana (TAFS). Assim, apesar dos poucos recursos, Olney São Paulo produziu cerca de 15 obras audiovisuais.


Cinco documentários brasileiros


Para comemorar esta data, o Depois dos Créditos reuniu uma lista com cinco documentários brasileiros que estão presentes na lista de Melhores Documentários de Todos os Tempos. Confira o repertório abaixo.


1. Cabra Marcado Para Morrer (1984)

Foto: Reprodução
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Dirigido por Eduardo Coutinho, o filme é uma narrativa semidocumental da vida de João Pedro Teixeira, um líder camponês da Paraíba, assassinado em 1962. Sua produção foi interrompida em 1964, devido à ditadura militar, parte da equipe foi presa sob a alegação de "comunismo", e o restante dispersou-se. Após 17 anos, as filmagens foram retomadas recolhendo depoimentos dos camponeses que trabalharam nas primeiras filmagens e também da viúva de João Pedro, Elizabeth Altino Teixeira, que desde dezembro de 1964 vivera na clandestinidade, separada dos filhos.


O longa-metragem recebeu diversos prêmios como FIPRESCI e Interfilm do Fórum de Cinema Jovem no XXXV Festival de Berlim em 1985; o Prêmio Coral na categoria de Melhor Documentário durante o VI Festival do Novo Cinema Latino-americano de 1984; Recebeu o Tucano de Ouro na categoria de Melhor Filme, o Prêmio da Crítica, o Prêmio OCIC (Ofício Católico Internacional de Cinema) e o Prêmio D. Quixote da FICC (Festival Internacional de Cinema), no I FestRio em 1984.


2. Jogo de Cena (2007)

Foto: Reprodução
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Outra produção de Eduardo Coutinho, Jogo de Cena foi lançado oficialmente no Festival do Rio de 2007. Para este trabalho o cineasta colocou treze mulheres de frente para uma câmera: sete pessoas comuns, três atrizes pouco conhecidas e três atrizes consagradas - Marília Pêra, Fernanda Torres e Andréa Beltrão.  Coutinho convidou as personagens a compartilharem suas alegrias e tristezas, convocando para bem perto as experiências mais marcantes.


O longa mistura realidade e dramaturgia, onde os personagens reais falam da sua própria vida, depois estas personagens se tornam modelos a desafiar atrizes e por fim, as atrizes interpretam as personagens.


3. Santiago (2007)

Foto: Reprodução
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Dirigido por João Moreira Sales, o longa-metragem começou a ser feito em 1992 e as imagens permaneceram intocadas por mais de 13 anos, quando em 2005 o diretor retornou a observá-las. Santiago foi um mordomo que trabalhou durante 30 anos  para a família de João. O diretor que antes era apenas um observador, tornou-se uma das peças principais do documentário.


Em novembro de 2015 o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.


4. Edifício Master (2002)

Foto: Reprodução
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Mais uma produção de Eduardo Coutinho, o longa se passa sobre  um antigo e tradicional edifício situado em Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, que tem 12 andares, 23 apartamentos por andar, 276 apartamentos conjugados e em média 500 moradores no prédio inteiro. De toda essa gente, Coutinho nos apresenta a história de 37 moradores,  extraindo histórias intimas e pessoais de cada um deles.


A identidade dos moradores, suas particularidades, suas condições e formas de vida são retratada no edifício através de sua estrutura física, com misteriosos corredores.


5. Serras da Desordem (2006)

Foto: Reprodução
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Do cineasta italiano Andrea Tonacci, produzido no Brasil. O filme reproduz a trajetória de Carapirú, um índio Awá-Guajá, que vê sua tribo invadida e massacrada por fazendeiros e madeireiros tomadores de terras. Durante 10 anos ele perambula sozinho pelas serras do Brasil central, até ser capturado em novembro de 1988, a 2000 km de distância de sua fuga inicial. Levado a Brasília pelo sertanista Sydney Ferreira Possuelo, em uma semana ele se torna manchete por todo país e centro de uma polêmica entre antropólogos e linguistas em relação à sua origem e identidade.


Na tentativa de identificar sua origem ele reencontra um filho, com quem retorna ao Maranhão. Porém o que Carapirú encontra ao retornar já não está mais de acordo com sua vida nômade.

 
 
 

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